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Numa muito meritória campanha de segurança a Federação Portuguesa de Aeromodelismo - entidade reguladora da modalidade em Portugal – desenvolveu, de acordo com as normas internacionais da FAI e com as normas nacionais, um programa de certificação dos locais aprovados para a prática da modalidade - Regulamento de Locais de Voo.

Locais destes há que são bases militares, outros, aeródromos cujas direcções autorizam a prática do Aeromodelismo na sua área de manobra. Porém, existem pistas construídas de raiz especificamente para esta modalidade.

De acordo com as normas da FPAm, estes locais devem possuir uma pista com, pelo menos, 100m x 14m, acrescidos de mais 100m em cada uma das cabeceiras. Em relação ao pavimento destas pistas, é, igualmente, interessante notar que o Regulamento prevê que, “... devido à baixa carga por unidade métrica exigível para este tipo de pavimento cujos esforços a que está sujeito são apenas a carga efectuada por pessoas, e não existindo a passagem de viaturas, o fundo da caixa deverá possuir solo compactado a 95% PROCTOR normal, seguido de 20 cm de “tout venant” compactado.

Interessa ainda salientar que o tapete a aplicar deverá ser de betão betuminoso calcário compactado a 92% MARSHALL com 5 cm de espessura.” Isto torna-as frágeis e de modo algum consentâneo com a manobra de qualquer tipo de aeronaves de Aviação Geral.


  pista_municipal_de_aeromodelismo_de_corroios_02a.jpgPista Municipal de Aeromodelismo de Corroios (Cortesia Microsoft Virtual Earth)

 

As características visuais destas pistas podem torná-las confundíveis com pistas de Aviação Geral – em especial pistas para ultraligeiros.

 Infelizmente, embora seja da responsabilidade do piloto comandante de qualquer aeronave conhecer as pistas certificadas pelo INAC onde podem manobrar, já ocorreram incidentes provocados, provavelmente, por este tipo de confusão.

 Tentar aterrar ou sobrevoar uma pista destas – destinadas exclusivamente ao Aeromodelismo – consubstancia certamente uma violação ao ponto 4.6.a) do Anexo II da ICAO que nos diz:
“4.6 Except when necessary for take-off or landing, or except by permission from the appropriate authority, a VFR flight shall not be flown:
a) over the congested areas of cities, towns or settlements or over an open-air assembly of persons at a height less than 300 m (1 000 ft) above the highest obstacle within a radius of 600 m from the aircraft;”

 

Para evitar futuros incidentes, a AOPA Portugal chama a atenção da Comunidade Aeronáutica para a necessidade de não operar a partir de pistas de Aeromodelismo porque tal é uma infracção às Regras do Ar, porque poderá provocar acidentes graves devido a colisões com aeromodelos e, principalmente, por corresponder a um grave risco para os aeromodelistas que manobram os seus modelos a partir do solo.

 

Lista dos Locais de Voo Certificados pela Federação Portuguesa de Aeromodelismo:
Nº Pista Latitude   Longitude
1 Bustelo - Amarante N 41° 13' 55"  W 7° 58' 20"
2 Recarei - Paredes N 41° 9' 30"  W 8° 26' 5"
3 Viana do Alentejo N 38° 19' 50"  W 7° 59' 38"
4 Santa Iria da Azóia-V.F. de Xira N 38° 50' 50"  W 9° 6' 6"
5 Cavalões - V. N. de Famalicão N 41° 24' 4"  W 8° 34' 25"
6 Montargil - Ponte de Sôr N 39° 4' 75"  W 8° 7' 27"
7 Palmeira - Braga N 41° 34' 52"  W 8° 26' 43"
8 Casalinho - Pombal N 39° 53' 0"  W 8° 39' 0"
9 Pedorido - Castelo de Paiva N 41° 2' 12"  W 8° 22' 55"
10 C. T. Alcochete (P1) - Benavente  N 38° 45' 56"  W 8° 48' 7"
11 C. T. Alcochete (P2) - Benavente  N 38° 45' 7"  W 8° 48' 7"
12 C. T. Alcochete (P3) - Benavente  N 38° 46' 22"  W 8° 51' 4"
13 Alverca - Vila Franca de Xira N 38° 52' 45"  W 9° 2' 7"
14 Santa Margarida - Constância N 39° 23' 57"  W 8° 17' 11"
15 S.Silvestre - Coimbra N 40° 12' 0"  W 8° 25' 0"
17 Granja do Marquês - Sintra N 38° 49' 55"  W 9° 20' 9"
18 Ota - Alenquer N 39° 5' 15"  W 8° 57' 53"
19 Maceda AM Nº1 - Ovar N 40° 55' 13"  W 8° 33' 84"
20 S. Jacinto - Aveiro N 40° 38' 55"  W 8° 44' 19"
21 Mação - Abrantes N 39° 34' 19"  W 7° 59' 13"
22 Aeródromo da Covilhã N 40° 15' 45"  W 7° 28' 42"
23 Casarão - Águeda N 40° 33' 33"  W 8° 24' 0"
24 Paramos - Espinho N 40° 58' 21"  W 8° 38' 50"
25 Poceirão - Setúbal N 38° 37' 31"  W 8° 44' 39"
26 Carvoeiro - Viana do Castelo N 41° 40' 25"  W 8° 40' 8"
27 Aerodromo de Viseu N 40° 43' 20"  W 7° 53' 37"
28 Arrepiado - Chamusca N 39° 26' 45"  W 8° 24' 47"
29 Alvarães - Viana do Castelo N 41° 38' 31"  W 8° 24' 71"
30 Barrosa - Leiria N 39° 45' 45"  W 8° 50' 6"
31 Corroios - Seixal  N 38° 37' 24"   W 9° 09' 14"

Para ter uma informação actualizada consulte os NOTAM’s e o site da FPAm, em especial a página: http://www.fpam.pt/nacional/Pistas/mapaLocaisVoo.html . Assim, poderá manter a Segurança Aeronáutica ao nível que todos desejamos.

 

 A maioria dos aerodromos do Continente não autoriza a operação de aeronaves ultraleves , que é assim relegada para as pistas de ultraleves, sujeitas a um regime próprio

De facto, foi hoje distribuida a ultima actualização do Manual de Piloto Civil  ou MPC (numero 241, de 25 de Setembro de 2008)

De acordo com a informação do MPC, os seguintes aerodromos do Continente não autorizam a operação de Ultraleves:

Braga, Bragança , Chaves , Coimbra , Covilhã , Évora , Faro , Leiria , Lisboa , Lousã , Mirandela , Mogadouro ,Monfortinho ,Porto , Praia Verde ,Proença a Nova, Vila Real, Vilar de Luz .

Em tempo: Fomos entretanto alertados que muitos destes aerodromos já teriam emitido a declaração de autorização da operação de Ultraleves, só que a mesma não teria ainda sido registada no MPC. Convem por isso verificar previamente com o aerodromo em causa se o mesmo não terá já autorizado essa operação.

 

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Foi hoje distribuido um Notam do INAC, divulgando o facto de os seguintes aerodromos autorizarem de forma permanente a operação de Ultraleves na sua área:

Cascais (LPCS)

Espinho (LPIN)

Ponte de Sor

Santa Cruz (LPSC)

Santarem (LPSR)

Viseu (LPVZ)

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Recorda-se que, nos termos da legislação em vigor, a operação de Ultraleves em aerodromos, só será permitida desde que expressa e previamente autorizada pelos aerodromos. 

Em tempo - Acaba de sair um Notam informando que Aveiro (LPAV)  e Portimão (LPPM) autorizam a operação de Ultraleves. (6/10/2008)

Dado que a lista de aerodromos que autorizam a operação de Ultraleves está a ser diariamente alterada, sugerimos consultem directamente o correspondente  endereço do INAC;

 

 

A partir de 05 de Novembro de 2008 entrará em vigor a Emenda 74 ao Anexo 3 da ICAO que, entre muitas outras alterações, introduz o uso de TAFs com o período de validade de 30 horas para alguns aeródromos onde se considerar haver tal necessidade.

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Em resultado:

a)    Será feita a construção e distribuição de TAFs com os períodos de validade de 09, 24 e 30 horas;b)    Para cada aeródromo só poderá existir, num dado momento, um destes tipos de TAFs válido, sendo previamente acordado junto da ICAO e em função das necessidades dos utilizadores que tipo de TAF será criado e distribuído para cada um dos aeródromos nacionais e respectiva periodicidade de renovação;

c)    O código TAF também será alterado, no grupo correspondente ao período de validade e grupos de variação, com a inclusão do dia e hora de início e fim.

 

 

Este aumento do período de validade dos TAF’s para 30 horas está ligado às necessidades dos voos muito longos que implicam uma previsão mais distante, temporalmente, de modo a garantir uma previsão mais correcta para a hora de chegada ao destino.

A alteração implica a indicação da data associada a cada grupo de hora. Assim, o anterior código do TAF é modificado pela adição da data apropriada antes da hora para a qual é válida a previsão.

Para saber mais, clique aqui para ler a edição especial das Noticias da Aopa Portugal, preparadas pelo Fernando Teixeira, e normalmente reservadas aos associados da Aopa Portugal. 

A AOPA PORTUGAL NAS FESTIVIDADES DA SENHORA DO LORETO

 

A AOPA Portugal, na continuação da sua implantação na comunidade aeronáutica portuguesa, a exemplo do que acontece por esse mundo fora desde a sua origem nos Estados Unidos da América há mais de 50 anos, quis também este ano começar a estar presente nas comemorações em honra de Nossa Senhora do Loreto, que no nosso país se realizam em Alcafozes, no início de Setembro e em Lisboa em Dezembro.

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Como é habitual as principais organizações aeronáuticas estiveram presentes com dignos representantes e as suas bandeiras, que alegraram a Igreja e as procissões; a nocturna que no sábado percorreu as ruas da aldeia levando a Senhora para o Santuário e a de segunda-feira pela manhã no culminar das festividades, que deu a volta ao recinto depois de celebrada Missa solene presidida pelo Pároco e pelo Capelão da Força Aérea, com as Sagradas leituras efectuadas pelo general representante do Chefe de Estado Maior da Força Aérea e pelo presidente da TAP Portugal Eng. Fernando Pinto que não quis deixar de estar presente no ano em que se comemora o 40º ano da presença pioneira da nossa Companhia de aviação.

 

A homilia foi aproveitada para realçar o que é importante na vida, quer da comunidade local, quer da aeronáutica que é mundial e todos são iguais aos olhos do Senhor, como o Prior indicou, apesar de alguns, nas suas barbas, não terem entendido e persistirem em fazer figuras ridículas e exporem-se ao julgamento dos seus pares, também pecadores, só que recatados… dsc01858.jpg

 Dos pontos altos e muito melhor que vistosa acrobacia, infelizmente executada sobre a multidão e mal vista por quem sabe destas coisas, inclusive pela FAP, e, do lançamento de lixo colorido em vez de pétalas de flores, que felizmente não atingiram o alvo, foi a actuação do coro, que depois de se livrar de quem nada lá fazia, é agora muito bem constituído por vários tripulantes das nossas companhias de aviação denominadamente pela Helena e Lilia Frusoni com as suas maviosas vozes alem da viola da Lilia, da Isabel Pimentel, também compositora e da última adesão, o copiloto Luís Bougard com formação musical e excelente organista, todos da TAP Portugal; mas as outras vozes, da SATA e da Portugália, não lhes ficaram atrás.

 

De qualquer modo, todos nós ficámos a dever tão excelente organização à Emília Macedo assistente da TAP Portugal que de ano para ano consegue sempre algo melhor e também desta vez quis acolher com todo o destaque a AOPA Portugal, neófita nestas celebrações, mas com intenção de participar cada vez mais activamente, como vem fazendo em todos os aspectos da aviação geral em Portugal.

 

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Como o coro cantou, como o Prior afirmou, a Senhora do Loreto porá a sua mão sob os nossos aviões.